Instituto
Federal do Espírito Santo - IFES
Centro
de Referência em Formação e em Educação a Distância - CEFOR
Pós-graduação
em Informática na Educação
ELIZA
KARLA L. C. SARTÓRIO
HORACIO
LUIZ DA SILVA
IZABELLA
ARPINI FERREIRA
SILUANA
OGGIONI GOMES
GRUPO:
03
A
IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
1.INTRODUÇÃO
As
rápidas mudanças ocorridas na sociedade e a grande quantidade de
informações estão refletindo no ensino, exigindo, desta forma, que
a escola não seja uma mera transmissora de conhecimentos, mas que
seja um ambiente estimulante, que valorize a invenção e a
descoberta.
As
teorias de Vygotsky e Piaget – discutem o processo de
ensino-aprendizagem de forma dinâmica e abrangente, revelando
grandes reflexões de interação, como um ambiente rico para a
mediação entre sujeitos, oferecendo condições para envolver as
crianças e estimular a investigação.
Enfatiza-se,
o uso da informática na educação, a descoberta e a invenção,
possibilitando a formação de alunos capazes de construir seu
próprio conhecimento, tornando-se pesquisadores autônomos à medida
que descobrem novas áreas de seu interesse. O professor precisa
fazer a mediação e estimular seus alunos a navegarem pelo
conhecimento, fazerem suas próprias descobertas e desenvolverem sua
capacidade de observar, pensar, comunicar e criar.
O
trabalho é interdisciplinar, envolvendo as disciplinas: Introdução
à Informática: Computador Ferramenta e Teorias da Aprendizagem e a
Docência no contexto digital, portanto, um dos objetivos deste
trabalho é tratar sobre a posição crítica do grupo sobre algumas
“teses” ou pressupostos comuns relacionados ao processo de ensino
e aprendizagem no contexto digital à luz das teorias de
aprendizagens estudadas.
O
tema abordado reflete “A
IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM” do qual foi analisado, pesquisado e discutido
três teses apresentadas
na disciplina - Teorias
de Aprendizagem e a Docência no Contexto Digital:
Tese
1. No processo de assimilação, o sujeito cognitivo busca englobar
as informações vindas do meio a fim de aumentar seu conhecimento.
Durante este processo, há uma seleção natural dos principais
conteúdos. O processo é controlado pelas estruturas mentais que
existem previamente no sujeito.
Tese
2. Os educadores devem criar situações que favoreçam os alunos a
encontrar sentido para aquilo que eles estão aprendendo, ou seja,
primeiro devem expor o conteúdo e em seguida propor um exercício de
fixação, para quando tiverem certeza de que seus alunos foram
capazes de assimilar o conteúdo, possam criar situações- problemas
nas quais os estudantes apliquem o que foi ensinado de forma prática.
Tese
3. Hoje em dia não é mais possível por a culpa individualmente no
aluno pelo seu fracasso escolar. Se o contexto social não é
favorável à aprendizagem, o investimento educacional precisa ser
maior, de forma a compensar essas desvantagens, cabendo ao professor
promover mudanças.
Utilizamos
como base as questões:
-
O aprendizado pela assimilação;
-
A importância da mediação do professor;
-
E o resultado final do aprendizado: sucesso ou fracasso?
Seguindo
um desenvolvimento através de competências e habilidades ligadas a
educação buscando despertar a curiosidade sobre este importante
conteúdo, que, se trata da atividade de ensino como um processo
coordenado de ações docentes e as relações entre professor-aluno.
2.REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1.O APRENDIZADO PELA ASSIMILAÇAO
TESE:
No processo de assimilação, o sujeito cognitivo busca englobar as
informações vindas do meio a fim de aumentar seu conhecimento.
Durante este processo, há uma seleção natural dos principais
conteúdos. O processo é controlado pelas estruturas mentais que
existem previamente no sujeito.
O
processo de aprendizado é algo que vem sendo estudado há anos,
saber como alguém consegue incorporar ou até mesmo construir um
novo conhecimento serviu de incentivo para grandes cientistas e
filósofos, como o cientista suíço, Jean Piaget que foi o nome mais
influente na esfera da educação durante a última metade do século
XX (FERRARI, 2008). Fundador da famosa Epistemologia genética, que é
uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da
criança, ele acreditava que o ser, desde seu nascimento, tem papel
fundamental em seu desenvolvimento cógnito que é dividido em quatro
estágios: “Sensorial-motor, Pré-Operatório, Operatório Concreto
e Operatório Formal”. Por essa razão, sua teoria foi nomeada de
“Construtivismo” (VAZ, 2014).
Tabela
01 - Estágios do processo cognitivo
Estágio
|
Idade
Aproximada
|
Capacidades
|
Sensório-motor
|
0
a 2 anos
|
Descoberta
do mundo através de atividades motoras como tocar, agarrar,
sugar, etc. No final do período emprega representações mentais;
|
Pré-operatório
|
2
a 7 anos
|
Inteligência
Simbólica (dos 2 aos 4 anos): Desenvolvimento da linguagem, uso
de símbolos, palavras, números para representar aspectos do
mundo.
Período
Intuitivo (dos 4 aos 7 anos): Relaciona-se por perspectiva
individual. O mundo é fruto da percepção imediata;
|
Operatório
concreto
|
7
a 11 anos
|
Organiza
o mundo de maneira lógica, noção de tempo, espaço, capacidade
de retorno ao ponto inicial de um raciocínio sem entrar em
contradição. Capacidade de estabelecer compromissos e
compreender a regras;
|
Operatório
formal
|
Adolescência
em diante
|
Pensamento
abstrato, especulação sobre situações hipotéticas, raciocínio
dedutivo.
Planejamento,
imaginação. Aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as
classes de problemas.
|
Fonte:
Santos, Decanini (2011), apud (Piaget, 1967)
Piaget
influenciou muito a educação, desde o estudo profundo do raciocínio
lógico-matemático até a adequação dos procedimentos de ensino da
época. Para ele, o conhecimento vem de descobertas que a própria
criança faz, pensamento que foi confirmado com seu trabalho,
utilizando como uma de muitas fontes de observação, o crescimento
de seus três filhos (FERRARI, 2011).
"A
grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio
lógico-matemático, que é fundamental na escola, mas não pode ser
ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança",
diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo. (FERRARI, 2008)
Em
sua obra, fica clara que as crianças não raciocinam iguais aos
adultos e apenas gradualmente adquirem maturidade psicológica
através de seu aprendizado, se inserindo cada vez mais na sociedade.
Ele ainda afirma que a aprendizagem esta dividida em dois processos
distintos, que se completam para gerar o equilíbrio necessário para
o desenvolvimento, esses processos são a assimilação e acomodação
(FERRARI, 2011).
“No
processo de assimilação, o sujeito cognitivo busca englobar as
informações vindas do meio a fim de aumentar seu conhecimento.
Durante este processo, há uma seleção natural dos principais
conteúdos. O processo é controlado pelas estruturas mentais que
existem previamente no sujeito.” (VAZ, 2014)
Segundo
Piaget, a assimilação é um processo cognitivo em que o indivíduo
integra e classifica um novo dado, conceito ou objeto ás estruturas
cognitivas já existentes. Já a acomodação é a alteração de um
processo cognitivo já existente para permitir a incorporação das
informações assimiladas pelo indivíduo (TAFNER, 2003).
A
assimilação incorpora os elementos e ações do meio nas estruturas
cognitivas que o indivíduo possui, por não ser caracterizada por
modificação no objeto ou elemento apresentado, ela assimila o mesmo
em uma estrutura, mas não a modifica (PORTO, 2003-2015). Sempre que
nos depararmos com algo novo, tentarmos classificá-lo com alguma
coisa que já conhecemos, esse processo nos permite organizar melhor
as informações que recebemos do meio que nos cerca. Caso haja
necessidade de atender características especificas do objeto, para
que esse se encaixe a uma estrutura cognitiva já existente, ocorre o
que chamamos de desequilíbrio, que é responsável por desencadear o
processo de acomodação, gerando as mudanças necessárias para
assimilar esse objeto (TAFNER, 2003). Pois bem, imagine uma criança
aprendendo sobre os animais, o único animal que ela conhece e tem
organizado esquematicamente é o gato. Assim, podemos dizer que a
criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de gato. Ao
apresentar a esta criança um tigre, ela pensará que ele é um gato
grande. Neste caso, ocorre o processo de assimilação, a
similaridade entre o tigre e o gato faz com que ele passe por um
gato, mesmo com a diferença de tamanho. Há um desequilíbrio nessa
assimilação, mas é imperceptível no momento para essa criança.
Quando obtiver mais informações sobre o tigre que o diferenciará
de um gato, acontece um desequilíbrio da informação, desencadeando
o processo de acomodação que criará uma nova estrutura cognitiva,
criando um novo esquema referente ao tigre, permitindo a sua
diferenciação.
Figura
01 – Fluxograma do processo de aprendizagem segundo Piaget
Fonte:
Elaborada pelo autor
Apesar
de terem definições diferentes, os processo de assimilação e
acomodação devem trabalhar juntos para manter o equilíbrio do
desenvolvimento cognitivo.
2.2.A IMPORTANCIA DA MEDIAÇÃO DO PROFESSOR
TESE:
Os educadores devem criar situações que favoreçam os alunos a
encontrar sentido para aquilo que eles estão aprendendo, ou seja,
primeiro devem expor o conteúdo e em seguida propor um exercício de
fixação, para quando tiverem certeza de que seus alunos foram
capazes de assimilar o conteúdo, possam criar situações-problemas
nas quais os estudantes apliquem o que foi ensinado de forma prática.
Através
da assimilação e acomodação chega-se no caminho da interação do
qual os professores precisam de contato social com o aluno para um
real aprendizado.
A
teoria de Vygotsky, apoiá-se na concepção de um sujeito interativo
que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo
mediado pelo outro. O conhecimento tem gênese nas relações
sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por
condições culturais, sociais e históricas.
Com
isso, apoio a ideia em que “os educadores devem criar situações
que favoreçam os alunos a encontrar sentido para aquilo que eles
estão aprendendo”. Criar situações que estimula o aluno a
construção do seu próprio conhecimento, internalizando a partir do
que é oferecido.
Porém
ao afirmar que o método a se utilizar seja “expor o conteúdo e em
seguida propor um exercício de fixação, para quando tiverem
certeza de que seus alunos foram capazes de assimilar o conteúdo,
possam criar situações-problemas nas quais os estudantes apliquem o
que foi ensinado de forma prática”, concordo parcialmente. Este
método pode ser aplicada em determinadas circunstâncias, porém o
educador deve ter o papel de agente mediador, fundamental ao
processo.
A
sociedade permite o processo de transmissão da cultura e os
educadores são os facilitadores, mediadores. E óbvio que o
professor é indispensável no sentido de criar situações que
auxiliam a criança em seu processo de conhecer. O desejado é que o
mediador deixe de ser um mero expositor satisfeito em transmitir
soluções prontas. Ele deve estimular o sujeito a iniciativa e
curiosidade.
O
aprendizado acontece nos diferentes meios e nas mais variadas formas,
até mesmo em uma conversa informal entre os indivíduos. A escola
veio para formalizar esse aprendizado, é por meio dela que surgem
parâmetros importantes para a vivência pessoal e profissional das
pessoas.
Sendo
assim, cabe a nós respondermos as seguintes perguntas: o que
realmente é importante aprender? Que significado terá tal conteúdo
na vida dos alunos? Será que é possível fazer que as aulas fiquem
atrativas para os alunos e que não percam seus fundamentos? Podemos
trazer as vivências dos alunos para produzir as aulas?
Não
há respostas únicas para essas perguntas, pois vai de acordo com o
meio social em que o sujeito está inserido e com os objetivos que se
quer alcançar com a aplicação de determinados conteúdos. Isso
porque na sociedade atual há uma gama de informações disponíveis
e segundo o site do INEP há os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) que vieram como uma forma de revolução no ensino, onde
"Eles
traçam um novo perfil para o currículo, apoiado em competências
básicas para a inserção dos jovens na vida adulta; orientam os
professores quanto ao significado do conhecimento escolar quando
contextualizado e quanto à interdisciplinaridade, incentivando o
raciocínio e a capacidade de aprender". (INEP,2011)
A
partir dessa nova estrutura de se pensar na educação que cada
instituição de ensino precisa adaptar seu currículo conforme o
PCN, para que não fique tão aquém de determinadas habilidades que
o indivíduo precisará utilizar em sua vida adulta, nem fique
destoando de sua realidade social.
Quanto
trazer as vivências dos alunos para as aulas é importante o
professor fazer um diagnóstico da turma, e assim descobrir os pontos
que precisa retomar e/ou dar continuidade. Veja:
Figura
02 - Competências e Habilidades
Fonte:
Blog
Educação do Futuro1
Essa
relação de mediação do professor-aluno revela a construção do
conhecimento compartilhado, que se dá pela interação. A aula deve
se transformar e provocar a reflexão sobre as próprias ações,
suas consequências para o conhecimento e para a ação educativa.
Nesse mesmo raciocínio é que Rey (1995) defende a ideia de que a
relação professor-aluno é afetada pelas ideias que um tem do outro
e até mesmo as representações mútuas entre os mesmos. A interação
professor-aluno não pode ser reduzida ao processo cognitivo de
construção de conhecimento, pois se envolve também nas dimensões
afetivas e motivacionais.
2.3.E O RESULTADO FINAL DO APRENDIZADO: SUCESSO OU FRACASSO?
TESE:
Hoje em dia não é mais possível por a culpa individualmente no
aluno pelo seu fracasso escolar. Se o contexto social não é
favorável à aprendizagem, o investimento educacional precisa ser
maior, de forma a compensar essas desvantagens, cabendo ao professor
promover mudanças.
Com
a interação e participação no processo de ensino-aprendizagem do
professor-aluno sugem a grande dúvida: Sucesso ou fracasso? e com
estudo e investimento na educação, sempre cabe ao professor
promover as mudanças.
É
por meio das transformações da sociedade que o ser humano repensa
suas crenças e (re)significa suas ações e práticas. Com isso, o
processo educativo vem sofrendo diversas modificações e assim é
fundamental pensar na pluralidade de culturas e valores existentes.
De
acordo com Vygotsky, o aprendizado do sujeito se dá por meio da
interação social e acredito que nessa interação esteja presente o
contexto social em que cada indivíduo se encontra e que faz toda
diferença em seu aprendizado, pois é parte da vida de todos os
seres humanos, não há como se isolar. Nesses momentos, surgem as
mais diversas vivências, onde uns destacam-se em determinadas áreas
e em outras não. Criam-se então duas justificativas: o sucesso e o
fracasso do aluno, sendo que o fracasso está muito mais presente nas
lembranças que o sucesso.
Atualmente
prevalece a alternância do saber, onde este não está centrado nas
“mãos” dos professores, isso gera um grande conflito com o papel
da escola hoje. Sendo assim, o fracasso escolar não está centrado
em apenas um fator, nesse caso o professor, mas de todo meio social
do aluno e do professor. O aluno precisa ser estimulado a gostar,
pensar, refletir sobre os conteúdos estudados e o trazer para sua
vivência, pois de nada importa se souber a teoria e não souber
utilizar em sua prática. E encontrar um culpado para tal fracasso
não irá resolvê-lo por si só.
É
preciso que o processo educativo seja favorável à aprendizagem e a
troca de conhecimentos, independente dos meios que se fará isso.
Para que a escola saiba criar o aluno para pensar, distinguir o que é
bom para ele e agir sobre cada situação que lhe for apresentada,
não só na sala de aula, mas principalmente em sua vida.
A
função essencial da escola - não só do professor é propiciar a
aprendizagem dos alunos. Assim, é necessário constituem ações
pedagógicas favoráveis. O sucesso escolar do aluno deve constituir
o objetivo central de uma escola e, a partir dos dados gerados pela
avaliação dos alunos e pela avaliação da escola construir e
estabelecer metas referentes à aprendizagem de forma clara,
acompanhar e avaliar a implementação dessas metas, de modo a
garantir índices cada vez maiores.
Ao
observar a figura abaixo, podemos entender melhor como o sucesso
escolar necessita da individualidade e da coletividade ao mesmo
tempo, a qual envolve diversos aspectos da escola, ou seja: as
relações entre o ensinar e aprender com diversas trocas de
informações, a interação de indivíduos que participam da cultura
escolar, além dos processos curriculares, pedagógicos e
administrativos haverá o compartilhamento de informações e
interação da cultura escolar.
Abaixo
segue um exemplo de compartilhamento das informações que geram o
sucesso escolar na escola.
Figura
03 - Sucesso dos alunos
O
processo de ensino-aprendizagem dos alunos – sucesso ou fracasso?
Depende da abordagem e incentivo que o professor terá em sala de
aula, ou da estrutura organizacional da escola integrada nesse
processo. Hoje, em meio a estudos e pesquisas para melhorar e
qualificar a educação surge a utilização das TICs (Tecnologias da
Informação e Comunicação) que estão sendo analisadas de acordo
com as teorias da educação, sendo que o uso na educação é
importante para a nova geração de alunos nativos digitais que vivem
conectados à internet, também chamados de Geração Z. As
tecnologias inteligentes propiciam novas formas de acesso à
informação, por meio de busca de informações através de sites de
pesquisa, navegação hipertextual, agentes de software, exploração
contextual por mapas dinâmicos de dados, simulação e outras (LÉVY
- As Tecnologias, 2010). A implantação das TICs nos processos de
ensino-aprendizagem implica em mudanças nas atitudes e ações, pois
o professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos e passa a
ser um orientador/mediador na formação do conhecimento do aluno,
através da busca da informação e o aluno tendo uma motivação
às aulas, participação
mais efetiva e melhora acentuada na aprendizagem.
3.PESQUISA
Com
base nos estudos apresentados sobre as teses dos teóricos e a nossa
adequação do assunto relacionando a realidade do processo de
ensino-aprendizagem e das relações com o professor-aluno,
acrescenta-se também a parte prática dos estudos relacionando a uma
reflexão que é a base do ESTUDO, como estudar e consequentemente
APRENDER.
No
início da disciplina: Teorias de Aprendizagem e a Docência no
Contexto Digital fomos levados a fazer REFLEXÕES (Como estudo? Como
aprendo? Como me organizo? Como ensino?) e na disciplina: Introdução
a Informática: computador ferramenta foi utilizado esse mesmo tema e
foi criado um questionário com pelo menos 10 perguntas
(questionamentos) no Google Docs (Drive) e enviado para pelo menos 20
pessoas.
Cada
integrante do grupo fez um questionário e a partir desses dados
vamos fazer de forma prática e interdisciplinar uma análise dos
resultados e uma breve argumentação a respeito dos métodos de
estudos e relacioná-lo com as teorias de aprendizagem e hábitos de
estudo e trabalho relacionados a professores e alunos. Os resultados
obtidos facilitam a compreensão dos pais preocupados com o
rendimento escolar dos seus filhos e aos professores empenhados em
facilitar a aprendizagem aos seus alunos.
Analisarmos
as questões e as técnicas de estudo e ensino dos entrevistados no
período de 23 de fevereiro de 2015 a 01 de março de 2015 esses
questionários foram enviados para os e-mails aos colegas do curso de
Pós-graduação
em Informática na Educação -
público esse composto por estudante e também professores de
diferentes áreas de ensino.
Observe
abaixo os resultados dos questionários que cada integrante do grupo
desenvolveu:
Resumo:
Questionário – Horácio
|
|
Total
de participantes: 11 (um participante não respondeu ao
formulário)
|
|
a) Quanto tempo dedica ao estudo, por semana? |
|
|
0
– 5 horas – 1 – 9.1%
5
– 10 horas – 3 – 27.3%
10
– 15 horas – 1 – 9.1%
15
– 20 horas – 4 – 36.4%
Mais
de 20 horas – 1 – 9.1%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
b) Gosta de ler? |
|
|
Sim
– 9 – 81.8%
Não
– 1 – 9.1%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
c) Perde facilmente a atenção quando esta estudando? |
|
|
Sim
– 4 – 36.4%
Não
– 6 – 54.5%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
d) O que o motiva a estudar? |
|
|
|
e) Faz intervalos de descanso no tempo de estudo? |
|
|
Sim
– 7– 63.6%
Não
– 3 – 27.3%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
f) Qual atividade faz com mais frequência para o seu lazer? |
|
|
|
g) Perante um desafio, qual tipo de atitude costuma tomar? |
|
|
Atitude
Positiva – 9 – 81.8%
Atitude
Negativa – 1 – 9.1%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
h) Faz revisão antes de fazer uma prova? |
|
|
Sim
– 10 – 90.9%
Não
– 0 – 0%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
i) Faz pesquisas por livre iniciativa? |
|
|
Sim
– 10 – 90.9%
Não
– 0 – 0%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
j) Prefere fazer trabalhos em grupo ou individual? |
|
|
Em
Grupo – 1 – 9.1%
Individual
– 9 – 81.8%
Não
respondeu – 1 – 9.1%
|
Resumo:
Questionário – Izabella
|
|
Total
de participantes: 13.
|
|
a) O que considera ser importante fazer no momento dos seus estudos? |
|
|
|
b) Você tem um espaço para estudos? |
|
|
Sim
– 5 – 38.5%
Não
– 7 – 53.8%
|
c) Dispersa-se com frequência nos momentos de estudo? |
|
|
Sim
– 3 – 23.1%
Não
– 9 – 69.2%
|
d) Você tem um horário de estudos e o segue? |
|
|
Sim
– 4 – 30.8%
Não
– 1 – 7.7%
Ás
vezes – 4 – 30.8%
Regularmente
– 3 – 23.1%
|
e) Costuma deixar para estudar ou realizar atividades em cima do prazo da entrega? |
|
|
Sim
– 2 – 15.4%
Não
– 10 – 76.9%
Outros
– 0 – 0%
|
f) Quanto tempo você costuma reservar, em média, para seus estudos durante a semana? |
|
|
|
g) Quando não compreende o conteúdo, o que costuma fazer? |
|
|
Pede
ajuda a um colega–1– 7.7%
Volta
e lê suas anotações–1–7.7% Pesquisa sobre temas referentes
ao mesmo conteúdo – 10 – 76.9% Deixa para a próxima
oportunidade – 0 – 0%
Outros
– 0 – 0%
|
h) Costuma planejar, com antecedência, suas tarefas? |
|
|
Sim
– 10 – 76.9%
Não
– 2 – 15.4%
Outros
– 0 – 0%
|
i) Quando encontra alguma dificuldade o que costuma fazer? |
|
|
Desiste,
pois estava difícil mesmo – 0 – 0%
Persiste
até conseguir resolver. - 11 – 84.6%
Fica
desanimado (a) – 1 – 7.7%
Outros
– 0 – 0%
|
j) Você utiliza a tecnologia nos seus estudos? Como? |
|
|
|
k) Que estratégias utiliza para assimilar e fixar melhor os conteúdos abordados nas aulas? |
|
|
Por
meio dos questionários é possível observar que os métodos que
cada aluno utiliza nos seus estudos é diferenciado. Isso comprova o
que citamos sobre a teoria de Vygotsky, em que o sujeito aprende de
diferentes maneiras e a interação e o meio social interferem em sua
aprendizagem.
Consideramos
que o professor é importante no processo de ensino-aprendizagem, é
por meio dele que ocorre a mediação do conhecimento. Isso não
impede que o aluno busque diferentes maneiras para assimilar o
conteúdo e nos questionários observa-se que a maioria dos
respondentes vão em busca de sanar suas dúvidas ou até procuram
mais fontes de pesquisas para aprimorar seus conhecimentos.
A
leitura, os resumos e a revisão de conteúdos apareceram com ênfase
quando perguntamos os métodos de estudo e assimilação de
conteúdos. Mais uma vez é possível observar que por mais que o
aluno busque métodos diferentes ele acaba alcançando o seu
objetivo: o aprendizado.
Mesmo
com perguntas diferentes obtivemos resultados parecidos no que se
refere aos meios que os alunos estudam, a maioria dos respondentes
utilizam a tecnologia a seu favor. Vivemos em uma sociedade onde a
informação está disponível nos mais diversos espaços, é
essencial que o aluno busque diferentes meios de desenvolver suas
habilidades cognitivas, psicológicas, emocionais, profissionais,
pessoais e conceituais. Nesse momento que utilizamos a tecnologia a
nosso favor, por meio dela é possível obter conhecimento sem ao
menos sair do lugar (geograficamente).
Independente
dos meios que utilizamos para assimilar determinado conteúdo é
importante pensar no sujeito como um todo, pensando no ser social,
emocional e cognitivo. Segundo Ferreira e Régnier (2010, p. 27)
“Assim como a afetividade, a cognição é um elemento fundamental
na psicogênese da pessoa completa, sendo o seu desenvolvimento
também relacionado às bases biológicas e suas constantes
interações com o meio”.
4.CONCLUSÃO
A
importância da relação professor-aluno no processo de
ensino-aprendizagem se faz de forma estimuladora, criativa e afetiva
seja no ambiente presencial ou a distância. A aprendizagem acontece
em todos os momentos e em todos os lugares. A escola é a
organizadora do saber, é ela que formaliza o conhecimento.
Sendo
assim, o fracasso escolar está relacionado a diversos fatores, sejam
eles pessoais ou institucionais. Os interesses dos profissionais da
educação precisam estar de fato com o foco nas reais necessidades
do aluno como expectativas da educação na formação de indivíduos
críticos-reflexivos.
O
verdadeiro sucesso depende do comprometido do docente com o aluno, a
escola, a sociedade, vendo o aluno como indivíduo ativo do processo
ensino-aprendizagem. O professor precisa entender e cumprir o seu
real papel de orientador realizando mais que o simples papéis de
ensinar.
O
uso das TICs, agregadas às práticas pedagógicas, melhora a
qualidade das aulas. Com isso, o professor tem que ter em mente que
sua missão é aprender a aprender para ensinar. Portanto, o
professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas,
mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuida para que
aprendam a expressar, a expor opiniões e dar respostas.
O
resultado das análises realizadas através da pesquisa de Como
estudo? Como aprendo? Como me organizo? Como ensino? Traz a realidade
das pessoas a necessidade de organização e disponibilidade dedicado
ao estudo, a pesquisa e ao planejamento pra um estudo e trabalho de
qualidade. Quando os alunos sabem estudar, torna-se mais fácil o
sucesso do ensino e da aprendizagem.
Assim
sendo, entende-se que a proposta de ensino de qualidade segue
professor-aluno x ensino-aprendizagem com direito essencial para se
constituírem como indivíduo-cidadão, tornando-se necessário
pensar sobre uma “nova didática” voltada para os interesses
populares de transformação da sociedade.
REFERÊNCIAS
Disponível
em/:
<http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm>
Acesso em 13 mar 2015.
Acesso
em:
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/vygotsky-conceito-aprendizagem-mediada-636187.shtml?page=1>.
Acesso em 13 mar 2015.
Disponível
em: <http://www.filologia.org.br/ileel/artigos/artigo_334.pdf>.
Acesso em 13 mar 2015.
FERRARI,
Márcio. 2008. Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no
microscópio. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/jean-piaget-428139.shtml>.
FERRARI,
Márcio. 2011. Jean Piaget. Disponível em:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/jean-piaget-307384.shtml>.
VAZ,
Michelle. 2014. As concepções de Piaget sobre a Aprendizagem.
Disponível em:
<https://www.psicologiamsn.com/2013/03/as-concepcoes-de-piaget-sobre-aprendizagem-etapas-do-desenvolvimento-cognitivo.html>.
NITZKE,
Julio A., CAMPOS, Márcia B., LIMA, Maria F. P. 1997. Teoria de
Piaget. Disponível em: <http://penta.ufrgs.br/~marcia/teopiag.htm>.
TAFNER,
Malcon. 2003. A construção do conhecimento Segundo Piaget.
Disponível em:
http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm
In
Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico. PORTO: Porto Editora
2003-2015. Artigos de apoio: Assimilação e Acomodação. Disponível
em:
<http://www.infopedia.pt/$acomodacao-e-assimilacao>.
Disponível
em:
<http://redacoescoc.blogspot.com.br/2009/09/escola-e-vida-o-que-e-importante.html>.
Acesso em 16 mar 2015.
Disponível
em:
<http://interescolar4.blogspot.com.br/2009/08/aprender-na-vida-e-aprender-na-escola.html>.
Acesso em 16 mar 2015.
Disponível
em:
<http://portal.inep.gov.br/web/saeb/parametros-curriculares-nacionais>.
Acesso em 16
mar 2015.
REY,
F.G. Comunicación, Personalidad y Desarrollo. Havana: Pueblo
Educación, 1995.
LÉVY,
Pierre As Tecnologias da Inteligência– O futuro do pensamento na
Era da Informática. Tradução Carlos Irineu da Costa.
SANTOS,
Fernanda Puga; DECANINI, Mônica Modesta Santos. 2011. Projeto
cartográfico e implementação de um protótipo de atlas escolar
interativo. Disponível
em
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1982-21702011000400002&script=sci_arttext>.
Acesso em 26/03/2015.
1Disponível
em <http://sergio.sousa.zip.net/>
Acesso em 26 mar 2015.
2Disponível
em
<http://www.esar.edu.pt/portal/index.php/escolas/ji-joao-de-deus/82-agrupamento>
Acesso em 26 mar 2015.
0 comentários:
Postar um comentário