Trabalho Interdisciplinar das disciplinas de "Introdução a Informática: computador ferramenta" e "Teorias de Aprendizagem e a Docência no Contexto Digital"


Instituto Federal do Espírito Santo - IFES
Centro de Referência em Formação e em Educação a Distância - CEFOR
Pós-graduação em Informática na Educação



ELIZA KARLA L. C. SARTÓRIO
HORACIO LUIZ DA SILVA
IZABELLA ARPINI FERREIRA
SILUANA OGGIONI GOMES
GRUPO: 03





A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM






1.INTRODUÇÃO

As rápidas mudanças ocorridas na sociedade e a grande quantidade de informações estão refletindo no ensino, exigindo, desta forma, que a escola não seja uma mera transmissora de conhecimentos, mas que seja um ambiente estimulante, que valorize a invenção e a descoberta.
As teorias de Vygotsky e Piaget – discutem o processo de ensino-aprendizagem de forma dinâmica e abrangente, revelando grandes reflexões de interação, como um ambiente rico para a mediação entre sujeitos, oferecendo condições para envolver as crianças e estimular a investigação.
Enfatiza-se, o uso da informática na educação, a descoberta e a invenção, possibilitando a formação de alunos capazes de construir seu próprio conhecimento, tornando-se pesquisadores autônomos à medida que descobrem novas áreas de seu interesse. O professor precisa fazer a mediação e estimular seus alunos a navegarem pelo conhecimento, fazerem suas próprias descobertas e desenvolverem sua capacidade de observar, pensar, comunicar e criar.
O trabalho é interdisciplinar, envolvendo as disciplinas: Introdução à Informática: Computador Ferramenta e Teorias da Aprendizagem e a Docência no contexto digital, portanto, um dos objetivos deste trabalho é tratar sobre a posição crítica do grupo sobre algumas “teses” ou pressupostos comuns relacionados ao processo de ensino e aprendizagem no contexto digital à luz das teorias de aprendizagens estudadas.
O tema abordado reflete “A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM” do qual foi analisado, pesquisado e discutido três teses apresentadas na disciplina - Teorias de Aprendizagem e a Docência no Contexto Digital:
Tese 1. No processo de assimilação, o sujeito cognitivo busca englobar as informações vindas do meio a fim de aumentar seu conhecimento. Durante este processo, há uma seleção natural dos principais conteúdos. O processo é controlado pelas estruturas mentais que existem previamente no sujeito.
Tese 2. Os educadores devem criar situações que favoreçam os alunos a encontrar sentido para aquilo que eles estão aprendendo, ou seja, primeiro devem expor o conteúdo e em seguida propor um exercício de fixação, para quando tiverem certeza de que seus alunos foram capazes de assimilar o conteúdo, possam criar situações- problemas nas quais os estudantes apliquem o que foi ensinado de forma prática.
Tese 3. Hoje em dia não é mais possível por a culpa individualmente no aluno pelo seu fracasso escolar. Se o contexto social não é favorável à aprendizagem, o investimento educacional precisa ser maior, de forma a compensar essas desvantagens, cabendo ao professor promover mudanças.
Utilizamos como base as questões:
  • O aprendizado pela assimilação;
  • A importância da mediação do professor;
  • E o resultado final do aprendizado: sucesso ou fracasso?
Seguindo um desenvolvimento através de competências e habilidades ligadas a educação buscando despertar a curiosidade sobre este importante conteúdo, que, se trata da atividade de ensino como um processo coordenado de ações docentes e as relações entre professor-aluno.


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1.O APRENDIZADO PELA ASSIMILAÇAO

TESE: No processo de assimilação, o sujeito cognitivo busca englobar as informações vindas do meio a fim de aumentar seu conhecimento. Durante este processo, há uma seleção natural dos principais conteúdos. O processo é controlado pelas estruturas mentais que existem previamente no sujeito.

O processo de aprendizado é algo que vem sendo estudado há anos, saber como alguém consegue incorporar ou até mesmo construir um novo conhecimento serviu de incentivo para grandes cientistas e filósofos, como o cientista suíço, Jean Piaget que foi o nome mais influente na esfera da educação durante a última metade do século XX (FERRARI, 2008). Fundador da famosa Epistemologia genética, que é uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança, ele acreditava que o ser, desde seu nascimento, tem papel fundamental em seu desenvolvimento cógnito que é dividido em quatro estágios: “Sensorial-motor, Pré-Operatório, Operatório Concreto e Operatório Formal”. Por essa razão, sua teoria foi nomeada de “Construtivismo” (VAZ, 2014).
Tabela 01 - Estágios do processo cognitivo
Estágio
Idade Aproximada
Capacidades
Sensório-motor
0 a 2 anos
Descoberta do mundo através de atividades motoras como tocar, agarrar, sugar, etc. No final do período emprega representações mentais;
Pré-operatório
2 a 7 anos
Inteligência Simbólica (dos 2 aos 4 anos): Desenvolvimento da linguagem, uso de símbolos, palavras, números para representar aspectos do mundo.

Período Intuitivo (dos 4 aos 7 anos): Relaciona-se por perspectiva individual. O mundo é fruto da percepção imediata;
Operatório concreto
7 a 11 anos
Organiza o mundo de maneira lógica, noção de tempo, espaço, capacidade de retorno ao ponto inicial de um raciocínio sem entrar em contradição. Capacidade de estabelecer compromissos e compreender a regras;
Operatório formal
Adolescência em diante
Pensamento abstrato, especulação sobre situações hipotéticas, raciocínio dedutivo.
Planejamento, imaginação. Aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Fonte: Santos, Decanini (2011), apud (Piaget, 1967)
Piaget influenciou muito a educação, desde o estudo profundo do raciocínio lógico-matemático até a adequação dos procedimentos de ensino da época. Para ele, o conhecimento vem de descobertas que a própria criança faz, pensamento que foi confirmado com seu trabalho, utilizando como uma de muitas fontes de observação, o crescimento de seus três filhos (FERRARI, 2011).
"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola, mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. (FERRARI, 2008)
Em sua obra, fica clara que as crianças não raciocinam iguais aos adultos e apenas gradualmente adquirem maturidade psicológica através de seu aprendizado, se inserindo cada vez mais na sociedade. Ele ainda afirma que a aprendizagem esta dividida em dois processos distintos, que se completam para gerar o equilíbrio necessário para o desenvolvimento, esses processos são a assimilação e acomodação (FERRARI, 2011).
No processo de assimilação, o sujeito cognitivo busca englobar as informações vindas do meio a fim de aumentar seu conhecimento. Durante este processo, há uma seleção natural dos principais conteúdos. O processo é controlado pelas estruturas mentais que existem previamente no sujeito.” (VAZ, 2014)
Segundo Piaget, a assimilação é um processo cognitivo em que o indivíduo integra e classifica um novo dado, conceito ou objeto ás estruturas cognitivas já existentes. Já a acomodação é a alteração de um processo cognitivo já existente para permitir a incorporação das informações assimiladas pelo indivíduo (TAFNER, 2003).
A assimilação incorpora os elementos e ações do meio nas estruturas cognitivas que o indivíduo possui, por não ser caracterizada por modificação no objeto ou elemento apresentado, ela assimila o mesmo em uma estrutura, mas não a modifica (PORTO, 2003-2015). Sempre que nos depararmos com algo novo, tentarmos classificá-lo com alguma coisa que já conhecemos, esse processo nos permite organizar melhor as informações que recebemos do meio que nos cerca. Caso haja necessidade de atender características especificas do objeto, para que esse se encaixe a uma estrutura cognitiva já existente, ocorre o que chamamos de desequilíbrio, que é responsável por desencadear o processo de acomodação, gerando as mudanças necessárias para assimilar esse objeto (TAFNER, 2003). Pois bem, imagine uma criança aprendendo sobre os animais, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o gato. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de gato. Ao apresentar a esta criança um tigre, ela pensará que ele é um gato grande. Neste caso, ocorre o processo de assimilação, a similaridade entre o tigre e o gato faz com que ele passe por um gato, mesmo com a diferença de tamanho. Há um desequilíbrio nessa assimilação, mas é imperceptível no momento para essa criança. Quando obtiver mais informações sobre o tigre que o diferenciará de um gato, acontece um desequilíbrio da informação, desencadeando o processo de acomodação que criará uma nova estrutura cognitiva, criando um novo esquema referente ao tigre, permitindo a sua diferenciação.
Figura 01 – Fluxograma do processo de aprendizagem segundo Piaget
 







Fonte: Elaborada pelo autor
Apesar de terem definições diferentes, os processo de assimilação e acomodação devem trabalhar juntos para manter o equilíbrio do desenvolvimento cognitivo.

2.2.A IMPORTANCIA DA MEDIAÇÃO DO PROFESSOR

TESE: Os educadores devem criar situações que favoreçam os alunos a encontrar sentido para aquilo que eles estão aprendendo, ou seja, primeiro devem expor o conteúdo e em seguida propor um exercício de fixação, para quando tiverem certeza de que seus alunos foram capazes de assimilar o conteúdo, possam criar situações-problemas nas quais os estudantes apliquem o que foi ensinado de forma prática.

Através da assimilação e acomodação chega-se no caminho da interação do qual os professores precisam de contato social com o aluno para um real aprendizado.
A teoria de Vygotsky, apoiá-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro. O conhecimento tem gênese nas relações sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por condições culturais, sociais e históricas.
Com isso, apoio a ideia em que “os educadores devem criar situações que favoreçam os alunos a encontrar sentido para aquilo que eles estão aprendendo”. Criar situações que estimula o aluno a construção do seu próprio conhecimento, internalizando a partir do que é oferecido.
Porém ao afirmar que o método a se utilizar seja “expor o conteúdo e em seguida propor um exercício de fixação, para quando tiverem certeza de que seus alunos foram capazes de assimilar o conteúdo, possam criar situações-problemas nas quais os estudantes apliquem o que foi ensinado de forma prática”, concordo parcialmente. Este método pode ser aplicada em determinadas circunstâncias, porém o educador deve ter o papel de agente mediador, fundamental ao processo.
A sociedade permite o processo de transmissão da cultura e os educadores são os facilitadores, mediadores. E óbvio que o professor é indispensável no sentido de criar situações que auxiliam a criança em seu processo de conhecer. O desejado é que o mediador deixe de ser um mero expositor satisfeito em transmitir soluções prontas. Ele deve estimular o sujeito a iniciativa e curiosidade.
O aprendizado acontece nos diferentes meios e nas mais variadas formas, até mesmo em uma conversa informal entre os indivíduos. A escola veio para formalizar esse aprendizado, é por meio dela que surgem parâmetros importantes para a vivência pessoal e profissional das pessoas.
Sendo assim, cabe a nós respondermos as seguintes perguntas: o que realmente é importante aprender? Que significado terá tal conteúdo na vida dos alunos? Será que é possível fazer que as aulas fiquem atrativas para os alunos e que não percam seus fundamentos? Podemos trazer as vivências dos alunos para produzir as aulas?
Não há respostas únicas para essas perguntas, pois vai de acordo com o meio social em que o sujeito está inserido e com os objetivos que se quer alcançar com a aplicação de determinados conteúdos. Isso porque na sociedade atual há uma gama de informações disponíveis e segundo o site do INEP há os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que vieram como uma forma de revolução no ensino, onde
"Eles traçam um novo perfil para o currículo, apoiado em competências básicas para a inserção dos jovens na vida adulta; orientam os professores quanto ao significado do conhecimento escolar quando contextualizado e quanto à interdisciplinaridade, incentivando o raciocínio e a capacidade de aprender". (INEP,2011)
A partir dessa nova estrutura de se pensar na educação que cada instituição de ensino precisa adaptar seu currículo conforme o PCN, para que não fique tão aquém de determinadas habilidades que o indivíduo precisará utilizar em sua vida adulta, nem fique destoando de sua realidade social.
Quanto trazer as vivências dos alunos para as aulas é importante o professor fazer um diagnóstico da turma, e assim descobrir os pontos que precisa retomar e/ou dar continuidade. Veja:
Figura 02 - Competências e Habilidades
 







Fonte: Blog Educação do Futuro1
Essa relação de mediação do professor-aluno revela a construção do conhecimento compartilhado, que se dá pela interação. A aula deve se transformar e provocar a reflexão sobre as próprias ações, suas consequências para o conhecimento e para a ação educativa. Nesse mesmo raciocínio é que Rey (1995) defende a ideia de que a relação professor-aluno é afetada pelas ideias que um tem do outro e até mesmo as representações mútuas entre os mesmos. A interação professor-aluno não pode ser reduzida ao processo cognitivo de construção de conhecimento, pois se envolve também nas dimensões afetivas e motivacionais.


2.3.E O RESULTADO FINAL DO APRENDIZADO: SUCESSO OU FRACASSO?

TESE: Hoje em dia não é mais possível por a culpa individualmente no aluno pelo seu fracasso escolar. Se o contexto social não é favorável à aprendizagem, o investimento educacional precisa ser maior, de forma a compensar essas desvantagens, cabendo ao professor promover mudanças.

Com a interação e participação no processo de ensino-aprendizagem do professor-aluno sugem a grande dúvida: Sucesso ou fracasso? e com estudo e investimento na educação, sempre cabe ao professor promover as mudanças.
É por meio das transformações da sociedade que o ser humano repensa suas crenças e (re)significa suas ações e práticas. Com isso, o processo educativo vem sofrendo diversas modificações e assim é fundamental pensar na pluralidade de culturas e valores existentes.
De acordo com Vygotsky, o aprendizado do sujeito se dá por meio da interação social e acredito que nessa interação esteja presente o contexto social em que cada indivíduo se encontra e que faz toda diferença em seu aprendizado, pois é parte da vida de todos os seres humanos, não há como se isolar. Nesses momentos, surgem as mais diversas vivências, onde uns destacam-se em determinadas áreas e em outras não. Criam-se então duas justificativas: o sucesso e o fracasso do aluno, sendo que o fracasso está muito mais presente nas lembranças que o sucesso.
Atualmente prevalece a alternância do saber, onde este não está centrado nas “mãos” dos professores, isso gera um grande conflito com o papel da escola hoje. Sendo assim, o fracasso escolar não está centrado em apenas um fator, nesse caso o professor, mas de todo meio social do aluno e do professor. O aluno precisa ser estimulado a gostar, pensar, refletir sobre os conteúdos estudados e o trazer para sua vivência, pois de nada importa se souber a teoria e não souber utilizar em sua prática. E encontrar um culpado para tal fracasso não irá resolvê-lo por si só.
É preciso que o processo educativo seja favorável à aprendizagem e a troca de conhecimentos, independente dos meios que se fará isso. Para que a escola saiba criar o aluno para pensar, distinguir o que é bom para ele e agir sobre cada situação que lhe for apresentada, não só na sala de aula, mas principalmente em sua vida.
A função essencial da escola - não só do professor é propiciar a aprendizagem dos alunos. Assim, é necessário constituem ações pedagógicas favoráveis. O sucesso escolar do aluno deve constituir o objetivo central de uma escola e, a partir dos dados gerados pela avaliação dos alunos e pela avaliação da escola construir e estabelecer metas referentes à aprendizagem de forma clara, acompanhar e avaliar a implementação dessas metas, de modo a garantir índices cada vez maiores.
Ao observar a figura abaixo, podemos entender melhor como o sucesso escolar necessita da individualidade e da coletividade ao mesmo tempo, a qual envolve diversos aspectos da escola, ou seja: as relações entre o ensinar e aprender com diversas trocas de informações, a interação de indivíduos que participam da cultura escolar, além dos processos curriculares, pedagógicos e administrativos haverá o compartilhamento de informações e interação da cultura escolar.
Abaixo segue um exemplo de compartilhamento das informações que geram o sucesso escolar na escola.

Figura 03 - Sucesso dos alunos













Fonte: Página AEAR – Agrupamento de Escolas Alves Redol2
 
O processo de ensino-aprendizagem dos alunos – sucesso ou fracasso? Depende da abordagem e incentivo que o professor terá em sala de aula, ou da estrutura organizacional da escola integrada nesse processo. Hoje, em meio a estudos e pesquisas para melhorar e qualificar a educação surge a utilização das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) que estão sendo analisadas de acordo com as teorias da educação, sendo que o uso na educação é importante para a nova geração de alunos nativos digitais que vivem conectados à internet, também chamados de Geração Z. As tecnologias inteligentes propiciam novas formas de acesso à informação, por meio de busca de informações através de sites de pesquisa, navegação hipertextual, agentes de software, exploração contextual por mapas dinâmicos de dados, simulação e outras (LÉVY - As Tecnologias, 2010). A implantação das TICs nos processos de ensino-aprendizagem implica em mudanças nas atitudes e ações, pois o professor deixa de ser um transmissor de conhecimentos e passa a ser um orientador/mediador na formação do conhecimento do aluno, através da busca da informação e o aluno tendo uma motivação às aulas, participação mais efetiva e melhora acentuada na aprendizagem. 

3.PESQUISA

Com base nos estudos apresentados sobre as teses dos teóricos e a nossa adequação do assunto relacionando a realidade do processo de ensino-aprendizagem e das relações com o professor-aluno, acrescenta-se também a parte prática dos estudos relacionando a uma reflexão que é a base do ESTUDO, como estudar e consequentemente APRENDER.
No início da disciplina: Teorias de Aprendizagem e a Docência no Contexto Digital fomos levados a fazer REFLEXÕES (Como estudo? Como aprendo? Como me organizo? Como ensino?) e na disciplina: Introdução a Informática: computador ferramenta foi utilizado esse mesmo tema e foi criado um questionário com pelo menos 10 perguntas (questionamentos) no Google Docs (Drive) e enviado para pelo menos 20 pessoas.
Cada integrante do grupo fez um questionário e a partir desses dados vamos fazer de forma prática e interdisciplinar uma análise dos resultados e uma breve argumentação a respeito dos métodos de estudos e relacioná-lo com as teorias de aprendizagem e hábitos de estudo e trabalho relacionados a professores e alunos. Os resultados obtidos facilitam a compreensão dos pais preocupados com o rendimento escolar dos seus filhos e aos professores empenhados em facilitar a aprendizagem aos seus alunos.
Analisarmos as questões e as técnicas de estudo e ensino dos entrevistados no período de 23 de fevereiro de 2015 a 01 de março de 2015 esses questionários foram enviados para os e-mails aos colegas do curso de Pós-graduação em Informática na Educação - público esse composto por estudante e também professores de diferentes áreas de ensino.
Observe abaixo os resultados dos questionários que cada integrante do grupo desenvolveu:


Resumo: Questionário – Siluana

Total de participantes: 24.

a)É professor ou já atuou na área?

Sim – 9 – 37,5%
Não – 15 – 62,5%

b)Tem o hábito de fazer o seu horário pessoal de estudo?

Sim – 12 – 50%
Não – 12 – 50%

c)É frequente ser surpreendido pela falta tempo para provas de avaliação?

Sim – 14 – 58,3%
Não – 10 – 41,7%

d)Dedica ao estudo individual mais de cinco horas, em média, por semana?

Sim – 10 – 41,7%
Não – 14 – 58,7%

e)Desanima facilmente perante uma tarefa mais complexa?

Sim – 8 – 33,3%
Não – 16 – 66,7%

f)Procura, sempre que possível, a colaboração dos colegas mais motivados e mais responsáveis?

Sim – 21 – 87,5%
Não – 3 – 12,5%

g)Participa nas aulas, expondo as suas dúvidas ou os seus pontos de vista sobre a matéria?

Sim – 19 – 79,2%
Não – 5 – 20,8%

h)Realiza, algumas vezes, leituras e investigações, por livre iniciativa?

Sim – 20 – 83,3%
Não – 4 – 16,7%

i)Preocupa-se mais em memorizar do que em compreender?

Sim – 1 – 4,2%
Não – 23 – 95,8%

j)Revê atentamente os tópicos fundamentais da matéria, antes de cada prova?

Sim – 20 – 83,3%
Não – 4 – 16,7%

Resumo: Questionário - Eliza

Total de participantes: 15.

a) Você costuma ler antes de fazer uma atividade?

Sim – 14 – 87,5%
Não – 1 – 6,3%
b) Você costuma ler antes de fazer uma atividade?
Sim – 2 – 12,5%
Não – 1 – 6,3%

c) Tem o hábito de fazer o seu horário pessoal de estudo?

Sim – 13 – 81,3%
Não – 2 – 12,5%

d) Qual o seu modo preferido de estudar?

Em silêncio – 10 – 62,5%
Ouvindo música – 3 – 18,8%
Assistindo TV – 2 – 12,5%
Outros – 0 – 0%

e) Como aprende?

  • Entendendo o conceito;
  • Com fichamentos;
  • Fazendo resumo;
  • Fazendo esquemas;
  • Lendo bastante, marcando que acho mais importante e resumindo o material proposto;
  • Praticando o que foi lido;
  • Fazendo sínteses dos textos lidos e retomando quando tenho dúvidas;
  • Lendo, pesquisando e tirando dúvidas sobre o que está sendo estudado;
  • Escutando e escrevendo sínteses dos conteúdos abordados;
  • Relendo;
  • Lendo muitas vezes e realizando exercícios;
  • Fazendo os meus resumos e anotando tudo.

f) Para uma boa prova você segue qual método de aprendizagem?

  • Depende da disciplina. Normalmente sigo o método tradicional, leio meus resumos e respondo as questões que acho possível cair nas avaliações;
  • Método tradicional;
  • Costumo estudar com antecedência e resumir o conteúdo proposto;
  • Prefiro o método tradicional;
  • Revisão da matéria;
  • O de leitura e realização de exercícios;
  • Leituras e fichamentos;
  • Fazendo resumo dos pontos importantes;
  • Os resumos que faço para estudar e reviso sempre toda a matéria com antecedência para me sentir segura na hora da prova;
  • Reler o material;
  • Revisão dos tópicos mais relevantes.

g) Faz planejamento para os seus estudos?

Sim – 12 – 75%
Não – 0 – 0%
Outros – 3 – 18,8%

h) Utiliza a internet para os seus estudos?

  • Sim, sempre;
  • Sim, frequentemente;
  • Sim;
  • Sim;
  • Sempre;

i) Você dá aula? Conte como prepara a sua aula?

  • Não;
  • Não;
  • Não;
  • Sim. Inicialmente faço um diagnóstico com a turma para depois saber meu ponto de partida;
  • Sim. Planejo tudo com antecedência;
  • Sim, sou professora. Faço sempre pesquisas e o planejamento de tudo que aplicarei nas aulas;
  • Sim, pesquisando em livros e internet;
  • Sim. Realizo um planejamento aprofundado de acordo com os projetos escolhidos para serem desenvolvidos com a turma. Preparo minha aula por meio do iPad, utilizando o Word e realizando pesquisas na internet para aprimorar minha prática.

j) Quanto tempo se dedica a estudar por dia?

  • 2;
  • 1 h;
  • Três horas;
  • 3 horas;
  • Mais de 3 horas;
  • 2 horas;
  • 4 horas;
  • 2-4 horas;
  • 4 h;
  • Mais de duas horas;
  • Aproximadamente 4 horas;
  • Depende. Tem dias que 4 h e tem dias que apenas 1 hora. Depende da demanda.

k)Procura, sempre que possível, ajuda dos professores e colegas para esclarecimento de dúvidas?

Sim – 13 – 81,3%
Não – 1 – 6,3%
Outros – 0 – 0%

Resumo: Questionário – Horácio
Total de participantes: 11 (um participante não respondeu ao formulário)

a) Quanto tempo dedica ao estudo, por semana?

0 – 5 horas – 1 – 9.1%
5 – 10 horas – 3 – 27.3%
10 – 15 horas – 1 – 9.1%
15 – 20 horas – 4 – 36.4%
Mais de 20 horas – 1 – 9.1%
Não respondeu – 1 – 9.1%

b) Gosta de ler?

Sim – 9 – 81.8%
Não – 1 – 9.1%
Não respondeu – 1 – 9.1%

c) Perde facilmente a atenção quando esta estudando?

Sim – 4 – 36.4%
Não – 6 – 54.5%
Não respondeu – 1 – 9.1%

d) O que o motiva a estudar?

  • Eu gosto muito de conhecer coisas novas, gosto de estar em contato com o novo, por isso vivo sempre pesquisando e estudando.
  • Melhorar como pessoa e profissionalmente
  • Agregar mais conhecimento pessoal e profissional.
  • Conhecimento, reconhecimento, melhor remuneração
  • Aprender novos conhecimentos
  • Adquirir conhecimento
  • Ascensão profissional e o constante aprendizado.
  • Em sempre obter mais conhecimento.
  • O conhecimento.

e) Faz intervalos de descanso no tempo de estudo?

Sim – 7– 63.6%
Não – 3 – 27.3%
Não respondeu – 1 – 9.1%

f) Qual atividade faz com mais frequência para o seu lazer?

  • Ler
  • Andar de skt (Skate) e assistir filmes.
  • Ir na Praia
  • Estar ao lado da minha filha
  • Caminhar
  • Filme
  • Caminhada
  • Vejo televisão, ouço música, jogos e saio com os amigos e família.
  • Esportes
  • Futebol

g) Perante um desafio, qual tipo de atitude costuma tomar?

Atitude Positiva – 9 – 81.8%
Atitude Negativa – 1 – 9.1%
Não respondeu – 1 – 9.1%

h) Faz revisão antes de fazer uma prova?

Sim – 10 – 90.9%
Não – 0 – 0%
Não respondeu – 1 – 9.1%

i) Faz pesquisas por livre iniciativa?

Sim – 10 – 90.9%
Não – 0 – 0%
Não respondeu – 1 – 9.1%

j) Prefere fazer trabalhos em grupo ou individual?

Em Grupo – 1 – 9.1%
Individual – 9 – 81.8%
Não respondeu – 1 – 9.1%

Resumo: Questionário – Izabella
Total de participantes: 13.

a) O que considera ser importante fazer no momento dos seus estudos?

  • Ficar sozinho;
  • Silêncio;
  • Ficar sozinho em casa;
  • Organização;
  • Sim;
  • Ambiente Calmo;
  • Silêncio.
  • Concentração;
  • Fazer anotações dos pontos mais importantes;
  • Ficar num ambiente silencioso;
  • Desligar a TV e colocar meus fones de ouvido.

b) Você tem um espaço para estudos?

Sim – 5 – 38.5%
Não – 7 – 53.8%

c) Dispersa-se com frequência nos momentos de estudo?

Sim – 3 – 23.1%
Não – 9 – 69.2%

d) Você tem um horário de estudos e o segue?

Sim – 4 – 30.8%
Não – 1 – 7.7%
Ás vezes – 4 – 30.8%
Regularmente – 3 – 23.1%

e) Costuma deixar para estudar ou realizar atividades em cima do prazo da entrega?

Sim – 2 – 15.4%
Não – 10 – 76.9%
Outros – 0 – 0%

f) Quanto tempo você costuma reservar, em média, para seus estudos durante a semana?

  • De 10 à 15 h;
  • 10 horas;
  • 5;
  • 24 h;
  • 10 a 15 horas;
  • 3 horas;
  • 20 h;
  • 5 h;
  • 20 horas;
  • 15 horas.

g) Quando não compreende o conteúdo, o que costuma fazer?

Pede ajuda a um colega–1– 7.7%
Volta e lê suas anotações–1–7.7% Pesquisa sobre temas referentes ao mesmo conteúdo – 10 – 76.9% Deixa para a próxima oportunidade – 0 – 0%
Outros – 0 – 0%

h) Costuma planejar, com antecedência, suas tarefas?

Sim – 10 – 76.9%
Não – 2 – 15.4%
Outros – 0 – 0%

i) Quando encontra alguma dificuldade o que costuma fazer?

Desiste, pois estava difícil mesmo – 0 – 0%
Persiste até conseguir resolver. - 11 – 84.6%
Fica desanimado (a) – 1 – 7.7%
Outros – 0 – 0%

j) Você utiliza a tecnologia nos seus estudos? Como?

  • Sim, planilhas, esquemas…
  • Sim, pesquisa e métodos para estudar.
  • Internet.
  • Sim. Internet, planilhas, gráficos, slides, vídeos.
  • Sim.
  • Sim, internet.
  • Sim, vídeos YouTube, textos internet.
  • Utilizo a internet e sites de busca.
  • Sim, acesso à internet.

k) Que estratégias utiliza para assimilar e fixar melhor os conteúdos abordados nas aulas?

  • Anotando e depois fazendo um resumo
  • Ler reler exercícios
  • Praticando
  • Repetição oral
  • Anotar pontos importantes
  • Faço fichas resumo
  • Leituras e fichamentos
  • Imprimir os textos, fazer várias leituras e marcar os pontos importantes.
  • Revisão

Por meio dos questionários é possível observar que os métodos que cada aluno utiliza nos seus estudos é diferenciado. Isso comprova o que citamos sobre a teoria de Vygotsky, em que o sujeito aprende de diferentes maneiras e a interação e o meio social interferem em sua aprendizagem.
Consideramos que o professor é importante no processo de ensino-aprendizagem, é por meio dele que ocorre a mediação do conhecimento. Isso não impede que o aluno busque diferentes maneiras para assimilar o conteúdo e nos questionários observa-se que a maioria dos respondentes vão em busca de sanar suas dúvidas ou até procuram mais fontes de pesquisas para aprimorar seus conhecimentos.
A leitura, os resumos e a revisão de conteúdos apareceram com ênfase quando perguntamos os métodos de estudo e assimilação de conteúdos. Mais uma vez é possível observar que por mais que o aluno busque métodos diferentes ele acaba alcançando o seu objetivo: o aprendizado.
Mesmo com perguntas diferentes obtivemos resultados parecidos no que se refere aos meios que os alunos estudam, a maioria dos respondentes utilizam a tecnologia a seu favor. Vivemos em uma sociedade onde a informação está disponível nos mais diversos espaços, é essencial que o aluno busque diferentes meios de desenvolver suas habilidades cognitivas, psicológicas, emocionais, profissionais, pessoais e conceituais. Nesse momento que utilizamos a tecnologia a nosso favor, por meio dela é possível obter conhecimento sem ao menos sair do lugar (geograficamente).
Independente dos meios que utilizamos para assimilar determinado conteúdo é importante pensar no sujeito como um todo, pensando no ser social, emocional e cognitivo. Segundo Ferreira e Régnier (2010, p. 27) “Assim como a afetividade, a cognição é um elemento fundamental na psicogênese da pessoa completa, sendo o seu desenvolvimento também relacionado às bases biológicas e suas constantes interações com o meio”.

4.CONCLUSÃO

A importância da relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem se faz de forma estimuladora, criativa e afetiva seja no ambiente presencial ou a distância. A aprendizagem acontece em todos os momentos e em todos os lugares. A escola é a organizadora do saber, é ela que formaliza o conhecimento.
Sendo assim, o fracasso escolar está relacionado a diversos fatores, sejam eles pessoais ou institucionais. Os interesses dos profissionais da educação precisam estar de fato com o foco nas reais necessidades do aluno como expectativas da educação na formação de indivíduos críticos-reflexivos.
O verdadeiro sucesso depende do comprometido do docente com o aluno, a escola, a sociedade, vendo o aluno como indivíduo ativo do processo ensino-aprendizagem. O professor precisa entender e cumprir o seu real papel de orientador realizando mais que o simples papéis de ensinar.
O uso das TICs, agregadas às práticas pedagógicas, melhora a qualidade das aulas. Com isso, o professor tem que ter em mente que sua missão é aprender a aprender para ensinar. Portanto, o professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuida para que aprendam a expressar, a expor opiniões e dar respostas.
O resultado das análises realizadas através da pesquisa de Como estudo? Como aprendo? Como me organizo? Como ensino? Traz a realidade das pessoas a necessidade de organização e disponibilidade dedicado ao estudo, a pesquisa e ao planejamento pra um estudo e trabalho de qualidade. Quando os alunos sabem estudar, torna-se mais fácil o sucesso do ensino e da aprendizagem.
Assim sendo, entende-se que a proposta de ensino de qualidade segue professor-aluno x ensino-aprendizagem com direito essencial para se constituírem como indivíduo-cidadão, tornando-se necessário pensar sobre uma “nova didática” voltada para os interesses populares de transformação da sociedade.

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1Disponível em <http://sergio.sousa.zip.net/> Acesso em 26 mar 2015.
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Sobre Unknown

Cursando Pós-Graduação em Informática na Educação, Instituto Federal do Espírito Santo. Graduada em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal do Espírito Santo, campus Serra.
Atuo na área de desenvolvimento de sistemas desde 2008.
Trabalho como Analista de Sistema no Projeto OAASIS, uma aplicação web, de gestão de processos organizacionais.

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